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Hitchcock e Lynch

O que é que têm Alfred Hitchcock e David Lynch em comum? Ambos se debruçam sobre o horror. Pegando neste filme de Hitchcock em vídeo representado, North by Northwest, e no filme Blue Velvet, de David Lynch, ambos falam de uma aparente normalidade visitada pela bizarria para depois nos devolverem uma nova normalidade. Mas no caso de Hitchcock, nunca essa bizarria vence sobre as suas personagens, pois elas saem sempre mais fortes. E há uma ideia que prevalece nos filmes de Hitchcock, a ideia de que o amor dá um sentido à vida, e que quando ela parece ter menos sentido, o amor aparece como apaziguador e reconfigurador da vida. Em Lynch, a normalidade é devastada pelo grotesco e nunca mais volta a ser a mesma. Em Blue Velvet, o mal vence. E não é por acaso que no fim do filme, vemos um pássaro a comer um insecto e nos é dada a ideia de que a vida é bela também por isso. Como se a bizarria fizesse parte do belo, ou o Diabo tivesse alguma coisa a dizer sobre o bem. Mas não. O belo é o oposto

Todo um Século

  Há qualquer coisa neste filme que nos diz que, sim, as pessoas regressam ao estado infantil quando mais velhas e que é por isso que as crianças tanto as amam, porque encontram nelas um par, no entanto adulto. Geraldine Page lembra-me a minha avó Teresa, neste filme. Não consigo pôr o dedo em quê. É como que a sentir viva, olhando para Geraldine. Todos os avós são evocados, neste filme. Todo um século de tempo se evolou, avó, com o teu desaparecimento. Todo um século. Tudo agora é tão estupidamente moderno.

Declaração de Intenções

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"A BELEZA SALVARÁ O MUNDO" Fiódor Dostoiévski, em  O Idiota