Um Homem Tranquilo - John Ford
É muito estranho que este filme tenha sido feito. E é estranho não porque é antigo, não porque é datado, o filme não tem um senão: é tão estranho assim porque nos afastámos tanto de um mundo em que filmes destes existam e sejam feitos e também porque não parece o seguimento da História. Seja do cinema, seja dos costumes, seja do que for que este mundo é e que este representado no filme não tem. O antónimo de mundo é imundo. E neste filme é tão claro que este do filme é um verdadeiro mundo, impoluto, casto mesmo no vício e na errância. O filme começa por um homem regredido à infância. E volta a casa. E depois eles vêem-se. Pode dar a impressão ao ver o filme que acontece um “amor à primeira vista” entre os dois protagonistas. Não creio em nada que possa sustentar-se por um olhar mágico. Acho mesmo que esse olhar mágico, quando se se apoia muito nele, acontece porque, no fundo, a relação tem pouco em que se sustentar. E não é o caso. Ou nunca é o caso. E esta relação é ci