Será este texto à moda da Adília Lopes

 Pensei nesta ideia: É preciso ensaiar ser-se ridículo para se saber ser sério. E pensei na Adília Lopes, como se fosse uma coisa que dissesse, mas depois de reflectido, não parecia. Depois pensei melhor e pensei fosse ela a dizê-lo como diria? E comecei a escrever o seguinte poema:

Saí à rua e desci a Avenida de Liberdade a 24 de Abril. Dormi bem nesse dia. Acordei no dia seguinte e comi amoras, porque são boas. Liguei a televisão e estava muita gente a descer a Avenida da Liberdade. Saí imediatamente à rua para comprar mais amoras. Dormi bem nesse dia, segura de que teria amoras no dia seguinte. Depois, acordei e fui ao supermercado e às lojas e aos cafés, para ver se toda a gente tinha comprado e comido amoras, porque são boas. Não reparei numa procura anormal pelas amoras. 

Agora que concretizei o poema a pensar na Adília Lopes, penso que a única coisa que queria era escrever um poema à laia da Adília Lopes, e que a ideia inicial que me fez pensar nela, não tinha nada a ver com ela, mas que me fez pensar nela e escrever todo este texto, que em conjunto até poderia ser dela.


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