A probabilidade do milagre

    

    Hoje dizia-se que ia chover com mais de 90% de probabilidade. Fui passear e até chegou a fazer sol. Dizia que indubitavelmente entre as 10 e as 17 choveria. Não choveu. A probabilidade não fez nada pela velhota ganhar na roleta duas vezes seguidas no zero, na história O Jogador de Dostoiévski. Nem por perder tudo de seguida. A probabilidade rouba-nos a ideia impreterível de que o mais improvável é tão provável quanto o mais provável.

 Prefiro acreditar em milagres. Peço-os às vezes. Peço mesmo. Não os controlo. Mas vejo-os acontecer. 

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