Esplendor na Relva

    O filme chama-se Splendor In The Grass.

   

  É estranho, mas tenho tão pouco a dizer, parece, sobre este magnífico filme. É tão bonito. É importante dizer que ter pouca coisa a dizer sobre este filme diz muito sobre mim e pouco sobre o filme. O filme poderia gerar as mais belas homenagens, mas quando eu estou perante o imensamente belo, a melhor forma que encontro de o respeitar é ficar mudo e contemplar. Dado que não posso mostrá-lo e que a ideia aqui é emular o filme em palavras, vou tentar o meu melhor para que, pelo menos, tenham a curiosidade de ir ver o filme, sendo que aí o filme fará o seu trabalho e vos arrebatará, tenho a certeza.

    Não posso falar sobre as minudências do filme. Mas posso dizer que é sobre um rapaz e uma rapariga a caminho de se tornarem homem e mulher. Que nunca vi amor tão puro, tão genuíno como o que eles sentem um pelo outro. Que nós amamos Deanie, mas nunca ousamos sequer querer tirar o lugar a Bud, porque ela é dele e ele é dela. Não tomamos as dores deles, são claramente deles, e nesse sentido estamos sempre no lugar do espectador, angustiantemente espectadores. Espectadores duma tragédia que nos parece inevitável, como são as melhores já escritas, e que exalta o melhor do ser humano.

    E o que o filme nos diz é que o melhor que temos é mesmo amar. E às vezes estamos tão sozinhos, estamos tão longe de poder amar, que vermos coisas assim é quase como assistir a um milagre biblíco. Sim, amores destes são milagres que nos dão força para continuar. 

        


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