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A mostrar mensagens de maio, 2024

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Olhei para mim mesmo e vi abismo Vi glória ao virar da esquina Vi qualquer coisa que me escapa Porque o sou e não penso que o sou Vi-me a mim e vi-me triste Porque sou triste se não sou ao mesmo tempo que me vejo Porque não sou o que sou para os outros O que sou é bom de ser para os outros E tenho pena de não me ter para mim Quando me vejo a mim a olhar para mim triste E ter alguém que não eu  A dizer que gosta muito de mim E nesse momento ser pleno Porque te tenho a ti.

Miradouro da Peninha

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Miradouro da Peninha e o céu confundia-se com a terra O mar era céu e o céu era mar. Era tudo cheio, tudo pleno, tudo em completude. Miradouro da Peninha, o céu confundia-se com a terra e eu cheio de pena Porque não te tinha a ti

Maria Reis

 Gosto muito da Maria Reis. Afinidade estética, emocional, musical. Houve um dia em que um amigo meu disse que estava a comportar-me como um fã desmesurado a conhecer uma "estrela" quando houve a oportunidade de a ver e conhecer. Oh, mas as Pega Monstro são grandes. E começa logo pelo nome. Aquele objecto meu de infância que acabava na cara dos amigos e nos tectos das aulas. Como memória de infância é uma memória de alegria. De saudade. De paz. E saltamos para a música. No que fazem, que é música, que é palavra, são grandes. Mostraram-me o poema "O moinho de café/ Mói grãos e faz deles pó/ O pó que a minha alma é/ Moeu quem me deixou só" de Fernando Pessoa tão bem musicado.  Mais do que tudo isto, sei que gosto dela sem que ela goste de mim. E nisto comporto-me como qualquer fã. Ah, mas eu acho que gosto dela de maneira diferente. Gosto porque no momento em que ela é grande, só eu me apercebo de que está a ser grande, e é um momento nosso, embora seja só meu, mas no...