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A mostrar mensagens de dezembro, 2024

Nu Nô

É simples é curto/grosso  O nome do amigo nu no pinto  É daqueles do surto tão nosso Em noites de vinho tinto É naqueles o porto e o troço A fuga dum labirinto

Vive Mais Sempre o Que Morre Mais

 Para um corpo ter mais brilho, tem necessariamente de ser maior o que dá de si para alumiar.  Para alguém brilhar mais, tem necessariamente de apagar o que acendeu na mesma exacta medida, e o apagamento é em si. Morre mais sempre o que vive mais. Vive mais sempre o que morre mais.

Liberdade. Conjunta.

 Há nisto de conceder liberdade um grande altruísmo. Acho mesmo que só um grande libertário concede liberdade antes de requisitar a sua. Falo de um amigo próximo que requisita sempre a liberdade do outro agir como deseja em prol do seu desejo. Desejo esse que é não ter desejo. Desejo esse que é assomar-se no do outro. Podia ser a anulação de si próprio, mas não se trata disso. É mais adentro, é querer encontrar no outro o desejo que julga não ter. Esta vontade só encontro neste meu amigo. Nunca encontrei noutra gente. Passa o ridículo de não decidir nada sempre para o outro decidir o que acha que ele quer quando lhe é perguntado o que ele quer decidir. É complicado. Anula-se. Mas nisto! Cria-se qualquer coisa de novo. Liberdade. Conjunta.

Ânsia de Envelhecer

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Escrevi este texto que se segue como forma de agradecimento aos que compareceram ao meu aniversário em Junho, quando fiz 42 anos. Estava aqui a tentar escrever sobre o que me parece que são as ânsias de ser jovem e de ser adulto, e lembrei-me de que tinha sido bem mais claro nesse texto escrito às tantas da manhã, bem regado, depois de um dia cheio. O texto é o que se segue: Foi um prazer ver-vos conhecerem-se e encontrarem interesse uns nos outros assim como eu que já vos conheço me interesso por vocês. Sois pessoas deveramente interessantes. E agora que digo interessante assim vem-me à memória o uso que dava à palavra em criança quando queria dizer, no fundo, que alguém (ou filme ou o que fosse) o era porque me puxava mais além do meu horizonte, que estava fundado numa imensa ignorância. Sois interessantes porque me direccionam a mim e a vocês entre vocês e a nós enquanto conjunto na direcção certa. Qual é? Não sabemos. Mas já não fingimos que possamos vir a saber, como eu calculei ...